domingo, 6 de setembro de 2009

Nova Era Dunga


Parece que estamos entrando em uma nova era. Nova sim, mas com o mesmo nome.
Dunga, o mesmo capita do tetra, estudou, se preparou e, diferentemente dos outros treinadores, sequer treinou um clube. Foi direto à seleção.
Faço o mea culpa, desconfiei dele. Mas se mostrou convicto, coerente nas convocações, firme, decidido em suas convicções, como deve ser um homem e, nesse caso, como deve ser o comandante da maior paixão de 190 milhões.

Há muito tempo não nos classificávamos pra uma Copa com tanta antecedência e com tanta qualidade e mérito ao mesmo tempo. E carimbar o passaporte em cima da Argentina, na casa deles e com um baile de 3x1 pra não deixar dúvidas é melhor ainda. Ontem o maior vencedor foi ele, que superou críticas e críticos incrédulos, como eu.

Maradona roeu todas as unhas, mas quem o engoliu tática e tecnicamente foi Dunga. Foi um nó, a ponto de deixar os hermanos sem reação. Se fosse outra seleção, ou outro treinador, eu teria até piedade. Mas não dá pra ter pena dos argentinos, dá? Eles falam muito, vivem querendo comparar Pelé com Maradona, Kaká com Messi. Mas as duas copas que ganharam teve falcatrua, gol de mão, placar comprado, água com sonífero pros adversários, desonestidade. Coisas que não combinam com o desporto, e essas farsas mancham e diminuem as pessoas. Com a derrota de ontem correm o risco de ficar de fora da Copa. Seria uma boa lição, eu acredito. O futebol, assim como acontece na vida, não precisa de gente assim. Agora, como em todas as outras edições, estamos na Copa. O Náutico já é, agora é o Brasil que quer ser hexa.

E como não ficar confiante em um time com Luís Fabiano, Júlio César, Kaká e Robinho?!
E como não esperar sempre o melhor da melhor do Mundo?!
E como não olhar pra Dunga e lembrar de 94?!

Esse time parece que veio do futuro conhecer o passado. É um escrete bem montado, milimetricamente pensado. Não tão inédito como em 58, não tão regular como em 62, não tão técnico como em 70, não tão objetivo como em 94 e nem tão raçudo como em 2002.
Mas com todos esses ingredientes juntos, em forma de 11 homens. E um comandante.

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