segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Sem querer descanso, nem dominical!

Agradeço as palavras de carinho e incentivo que tenho recebido sobre este espaço por onde vos falo.
A finalidade dele é que sirva pra você também. E, se de alguma forma for útil, já fico por isso feliz.

Longe de qualquer outra pretensão, é essa a 'janela lateral do meu quarto de dormir'. Onde vejo o mundo lá fora, e deixo-me aprender a cada dia. É como se cada vez que eu abrisse as cortinas e escancarasse a janela, o vento soprasse de uma forma diferente, e é assim que sinto.

Por um tempo estarei ausente, cuidando de outras coisas que clamam dedicação e urgência. Não será fácil, mas igualmente não será eterno. Surpresas, muito em breve.

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

As mil e uma noites

Intrigante esse livro. Fascinante, mágico.
Meu caro amigo Felipe, este presente só comprova o alto nível da sua intelectualidade e o mais elevado patamar da sua sensibilidade. Está, comprovadamente, à sua altura.

Como todo bom livro, não me deixou a sensação de estar lendo-o, senão o contrário.
E como sei que muita coisa ainda está por acontecer em minha vida, quero continuar avaliando.
Aliás, que mulher a tal da Sherazade hein?! Culta, com palavra, espírito e admirável inteligência.
Essa sim, foi capaz de provar, para o bem, o que seria capaz.
Se não custa sonhar, sonho logo com uma Sherazade, aperar de nossos tempos carecerem delas.
Mas não me entrego, sigo sonhando!
Por mil e uma noites...

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Morre Ramiro Musotto.


Que tristeza tive hoje ao saber da morte do Ramiro Musotto.
Esse percusionista danado, um argentino com alma baiana!
Deixou um legado singular, cuja identidade dos trabalhos o tornou um músico inconfundível.
Chegou na Bahia em 1984, e suas primeiras gravações com Margarete Menezes e Daniela Mercury contribuiram para a formatação da música pop baiana, como ela é conhecida hoje.
Seu currículo é emblemático, e lembro de já tê-lo visto com os Paralamas, Lulu Santos, Gilberto Gil, Caetano Veloso, Marisa Monte, Zeca Baleiro, Kid Abelha, Paulinho Moska, Martinho da Vila, Adriana Calcanhoto, Chico César, Fernanda Abreu, Titãs, Zélia Duncan, Moraes Moreira, Maria Bethania, João Bosco (ufa!).

Para mim, seu maior trabalho como sideman foi o DVD "In Cité" do Lenine, gravado em 2004 na França. Ele pareceu se multiplicar, compondo um trio ao lado da baixista cubana Yussa e do próprio Lenine. Já vi bandas com três percussionistas que não faziam juntos o que apenas suas pernas foram capazes de aprontar naquele show. É mágico.
E teve também o CD Ao Vivo do Skank, gravado em Ouro Preto. Tão sutil quanto indispensável, ele provou que era mesmo inconfundível, como o são aqueles cujo talento fala por si só.

Foi um músico completo (meio argentino e meio baiano, é bem verdade. Aliás, duas coisas difíceis de engolir...), e como a música tem essa magia de eternizar as pessoas, o que ele legou o deixará vivo por muito mais tempo. E, como seu jargão favorito era 'tamo vivo pai!' é assim que permanecerá para sempre. Entrando pelos ouvidos e sendo difícil, beirando o impossível, de ser esquecido.

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Voando!

Os pássaros
ao pousarem um instante sobre ramos muito leves,
sentem-nos ceder, mas cantam!

Eles sabem que possuem asas...

sábado, 12 de setembro de 2009

Dani Gurgel 'da pá virada'


surpreendente essa guria!
Quando estive em São Paulo ouvi falar dela, até já sabia da sua atuação assinando capas de disco de artistas como Monica Salmaso, Ray Kennedy e Chico Pinheiro, e bandas como Quatro Zero e Pau Brasil. São fotos realmente incríveis, 'a música sob a ótica de um músico, e não de uma fria editoria' como já definiram.

Mas venho falar da sua voz e da força das suas composições. E já que o talento não escolhe idade, seus 24 anos deixam claro que muita coisa boa ainda está por vir. Sua mentalidade aberta, antenada com a tecnologia digital, traz muito boas idéias consigo.
Tudo isso com cara de sábado à tarde, com uma noite promissora pela frente.

www.danigurgel.com.br

domingo, 6 de setembro de 2009

Nova Era Dunga


Parece que estamos entrando em uma nova era. Nova sim, mas com o mesmo nome.
Dunga, o mesmo capita do tetra, estudou, se preparou e, diferentemente dos outros treinadores, sequer treinou um clube. Foi direto à seleção.
Faço o mea culpa, desconfiei dele. Mas se mostrou convicto, coerente nas convocações, firme, decidido em suas convicções, como deve ser um homem e, nesse caso, como deve ser o comandante da maior paixão de 190 milhões.

Há muito tempo não nos classificávamos pra uma Copa com tanta antecedência e com tanta qualidade e mérito ao mesmo tempo. E carimbar o passaporte em cima da Argentina, na casa deles e com um baile de 3x1 pra não deixar dúvidas é melhor ainda. Ontem o maior vencedor foi ele, que superou críticas e críticos incrédulos, como eu.

Maradona roeu todas as unhas, mas quem o engoliu tática e tecnicamente foi Dunga. Foi um nó, a ponto de deixar os hermanos sem reação. Se fosse outra seleção, ou outro treinador, eu teria até piedade. Mas não dá pra ter pena dos argentinos, dá? Eles falam muito, vivem querendo comparar Pelé com Maradona, Kaká com Messi. Mas as duas copas que ganharam teve falcatrua, gol de mão, placar comprado, água com sonífero pros adversários, desonestidade. Coisas que não combinam com o desporto, e essas farsas mancham e diminuem as pessoas. Com a derrota de ontem correm o risco de ficar de fora da Copa. Seria uma boa lição, eu acredito. O futebol, assim como acontece na vida, não precisa de gente assim. Agora, como em todas as outras edições, estamos na Copa. O Náutico já é, agora é o Brasil que quer ser hexa.

E como não ficar confiante em um time com Luís Fabiano, Júlio César, Kaká e Robinho?!
E como não esperar sempre o melhor da melhor do Mundo?!
E como não olhar pra Dunga e lembrar de 94?!

Esse time parece que veio do futuro conhecer o passado. É um escrete bem montado, milimetricamente pensado. Não tão inédito como em 58, não tão regular como em 62, não tão técnico como em 70, não tão objetivo como em 94 e nem tão raçudo como em 2002.
Mas com todos esses ingredientes juntos, em forma de 11 homens. E um comandante.