segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Cresça o quanto for!

Sou cético pra uma monte de coisas, mas no amor ainda acredito. E acredito nele na forma mais pura e mais bíblica que existe. Sei que ele é paciente, benigno. Que não arde em ciúmes, não se ufana, não se ensoberbece, não se conduz inconvenientemente, não procura os seus interesses, não se exaspera, não se ressente do mal; não se alegra com a injustiça, mas regozija-se com a verdade. E que tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. Acabo de ouvir "Alívio", uma música do Arthur Maia com Djavan. Adoro quando uma música me ouve, sempre que procuro alguma pra ouvir.

"(...) seja lindo, amor, bem vindo... e cresça o quanto for!"

domingo, 12 de fevereiro de 2012

O porquinho

Acho que esse foi o maior tempo que passei sem escrever aqui, coisa que gosto tanto de fazer. Acho não, foi sim. Foi o tempo que mais demorou para que eu juntasse, como sempre falo, tudo o que vejo nas ruas, espalhado, e fizesse disso palavras. Não é tarefa das mais fáceis, no entanto, no erro de ser irreal eu não incorro.
Mas enfim, eis aqui de novo um expectador atento ao que se passa em derredor. Venho, depois de receber estímulos de tanta gente que se identifica com esse espaço que, se servir para uma única pessoa, já me faz feliz por inteiro, me derramar. Andei por lugares novos, e também pelos mesmo lugares de sempre. Fui em frente, voltei atrás, sorri muito e, desde a última vez que meus pés pisaram o 'rafadesapatonovo', chorei apenas um dia - e isso não é um bom sinal. Minhas lágrimas costumam ser mais honestas comigo mesmo que meus sorrisos.

Venho falar de um porquinho que quebrei outro dia, há muito pouco tempo atrás. Quebrei porque de tão pesado já não tinha espaço pra mais nada. Só aguçava mais a minha curiosidade em realizar os planos do que iria comprar, ou o que iria fazer da minha vida. Andei ocupando-o de moedas de pouco valor e que pesavam o mesmo daquelas de maior valor. Quanto tempo levei pra entender que não adianta juntar coisas que, de tão pouco, acabam por valer nada! Só percebi que tinha cometido esse equívoco quando abri e vi muitas moedas que sequer mereciam ter sido guardadas. Na verdade, lembro de poucas vezes que as guardei, mesmo sabendo que eram irrisórias. Poucas vezes isso foi pensado ou, sei lá, espontâneo. E aquele porquinho não tinha como ser refeito, o jeito era conseguir outro porta-níquel e passar a me enganar menos. Ou melhor, não me enganar mais.
Aprendi (tô sempre aprendendo!) a esperar para guardar um moeda de um real, em lugar de cem de um centavo. E não é simples matemática, nem economia ou obviedade financeira apenas. Pesa menos, dói menos e passa mais tempo para precisar quebrar o porquinho. E quebrar porquinho dói, dói demais. Decidi quebrar menos porquinhos daqui pra frente e amanhã começo com outro (tô sempre começando de novo...). Prometo voltar a falar dele, mas não me pergunte quando. Só o tempo irá dizer isso. E os trocos que recebo pela vida afora.