sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Dois mil e ouse!

Adeus 2010!
O que ficou?! Lição e histórias, ainda mais, pra contar...

E que em dois mil e onze, a gente ouse, e ainda mais.
Será o ano da virada, pode apostar.

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

À flor da pele

Ao longo do tempo é natural que algumas coisas se fortaleçam, e que outras se enfraqueçam. Acho isso natural. É natural que o que ganha vigor precise saber que isso não é eterno, assim como aquilo que fragilmente ficou pelo caminho pode a qualquer tempo ter outro fim.
Hoje, 10 anos após uma grande lição, me encontro diante de outros grandes desafios. É redundante até dizer que sejam grandes, mas é que somos do mesmo tamanho daquilo que desafiamos. É como o dito popular que diz que "Deus dá frio conforme o cobertor". Concordo. As escrituras falam que não existe tentação insuportável e maior que nossas forças - e isso é um martelo que destrói qualquer álibi de fragilidade, que arrasa o mais agudo argumento que apóia a covardia.
Ainda vou escrever esse ano, apesar de ter passado um longo tempo ausente daqui. Mas é que evito falar alguma coisa pela qual venha me arrepender depois, e de bobagens sempre me arrependo.

Lembro que nessa época no ano passado estava no Rio, na casa de Bibi e Rafa, com Giulia ainda tão pequena. Hoje ela tá mais forte, foi uma das coisas que ganhou vigor nesse 2010 que está prestes a se apagar na última luz. E cada dia mais esperta.

A vida não merece avaliações, só os erros. Aliás, retiro o que disse, nem os erros. Acredito que avaliar é perder tempo quando se podia acertar. Ou ainda errar de novo, e por que não?! Por que esse clichê de 'aprender com os erros'? Pra que o medo que nada arrisca?! Onde está a ousadia de não errar de novo?!
Gosto dos que insistem. Esses merecem todo o êxito que houver nessa vida. Porque sabem que vão errar, erramos muito! E isso não nos faz mais (ou menos) sábios! E fé não combina em nada com medo. Fé está muito perto de risco. Risco de ser chamado de louco, e convenhamos: o mundo é dos loucos.
O avanço tecnológico é devido aos loucos. As grandes expressões artísticas recebem a assinatura dos loucos.

Estou à flor da pele, no sentido de sentir o mundo. Cada expressão de loucura me enche a medida. Cada sinfonia que ouço, cada livro que leio, cada detalhe que observo me toca. E tudo isso se mistura dentro em mim, e assim me lanço a mais uma década. Em 2020 estarei com 37 anos, e quero ter experimentado tudo na mesma intensidade com que provei tudo de dez anos pra cá. Foram tantas coisas que deram alegria que soa desafiador falar em intensidade quando comparo essa expectativa. Mas vamos lá, esse é o meu combustível, sempre foi. E não é agora, na flor da idade e à flor da pele que vou mudar. Espero que não.